Powered By Blogger

21.1.10

Minha raiva subtamente amaciou e virou uma parede de pudor
e estranhamento...

11.1.10

Conhecimento

Conhecimento é a apropriação das experiências e estímulo de luz para a criação e evolução. E através de um processo orgânico e analítico muito particular de cada um, criamos em nosso banco de dados o local onde a informação será guardada. E esse local define a qualidade e o contexto com que vêmos e reconhecemos o mundo. A partir disso, executamos nossas escolhas e definimos nosso crescimento.


A saudade não é um abismo que te desintegra. Mas pelo contrário é o que te faz ficar lúcido e inteiro e inteiro de novo.


A impecabilidade é relativa. Às vezes é preciso ser rápido e silencioso e, às vezes ruidoso e lento.


SP, 30/04/07

Timidez

A timidez só é benéfica quando age em prol de ponderar ações.
Mas não tem charme algum quando não trabalha junto com as intenções puras de espírito. Influenciada pelo poder do ego, a timidez sabota a compreensão sensora trazendo ruídos à mensagem que chega ao receptor. E normalmente o "bloqueio" acontece antes mesmo que o receptor crie significado.

SP, 29/04/07

9.1.10

Juana Molina

"What inspires me the most is the radom behavior in the nature que un pájaro tiene un modo de cantar con sus notas que le son própias y esas notas nunca suenan con el misma orden. Entonces ese modo tan aleatório hace que haga todo el tiempo como una cosa de un estado expectante que uno no sabe que va pasar exactamente... pero pasa."  Juana Molina.



8.1.10

Portas

Quero liberar o que não controlo.
Aquilo que o espírito não entende, o corpo berra!


Paixão é como a abstinência tóxica: te rasga calado.


Você me abre certas portas que criam.
Não quero nunca deixar de ter dúvidas a seu respeito.


Deixo o momento entrar com calma porque sei que ele também me espera.


SP, 27/04/07

As verdades dos 17

Por muito tempo namorei a eternidade como se fosse a minha única certeza, a única resposta. Depois quando percebi que não a possuía, virou obsessão. Minha vida virou uma grande pergunta. E procurava e procurava a resposta que me tornasse inteira. Às vezes sentia essa pausa da existência que é a solidão.

Quando me deparei com a instabilidade de ser de tudo, esperei o fim. E fiquei sentada olhando, vencida, a vida que me desafiara. Depois matei meu idealismo.

E como se tudo o que eu vivesse não existisse, fosse só sonho.
E dormir seria a certeza de viver.
Mas dormi na mentira e esqueci que há autenticidade fora do universo inconsciente.


POA, 18/05/03
Um sopro, um suspiro pesado e antigo.
Um sapato tão frio jogado no telhado.
Um rosto familar e misterioso.
Um sorriso melancólico e mórbido.


Antigas pisadas, agora velhas e apagadas. Ah como isso é bom! - não estou sozinha, mesmo perdida sem minhas pisadas que contornavam meu passado - à casa chego, enfim segura. É uma casa nova, mas é a minha casa.


Se me sinto só e não encontro minha identidade, faço-me lembrar de vozes que se fortalecem dentro de mim. Começo a me lembrar de momentos simples do passado. Deles me nutro, alimento minha alma desamparada, mas não esqueço de respirar o presente. Às vezes esqueço e entro na frustração de que não é aqui que quero estar. Quero me embrulhar no passado sem mágoas, mas ele também me sufoca.
Páro, vejo onde estou. Não estou muito longe da realidade, ando ao lado dela.


Porto Alegre, 24/04/04
Você se permite à exposição do esquecimento?

Abriria mão de todo o conhecimento adquirido?


Você desacelaria a poucos instantes de concluir um sonho?

Você desacelaria estando na crista da explosão criativa, se lhe parecesse certo?

Você pararia um sonho?


26/04/07